Novembro é mês de jazz na Marinha Grande
Nos dias 4, 5, 11 e 12 de novembro (duas sextas e sábados consecutivos) decorre a 8.ª edição do Festival de Jazz da Marinha Grande, uma organização da Câmara Municipal da cidade do vidro que tem como palco a Casa da Cultura Teatro Stephens.
A programação inicia-se no dia 4 de novembro às 21h30 (horário de todos os concertos) com o grupo Alma Nuestra, fundado pelo cantor Salvador Sobral e o pianista cubano Victor Zamora, a que se juntam Nelson Cascais no contrabaixo e André Sousa Machado na bateria. Os quatro revisitam canções de Cuba, Argentina e de outras terras sul-americanas em arranjos especiais que as transformam sem que percam a essência.
No dia seguinte será a vez de o guitarrista Afonso Pais apresentar “O Que Já Importa” – disco sob o signo do blues com um piscar de olhos à canção portuguesa – que, segundo o próprio, «não recapitula, precede». Em palco estarão dois trios: três vozes – João Neves, Luísa Caseiro e Nazaré da Silva – a que acresce uma troika rítmica – o líder na guitarra, João Hasselberg no baixo elétrico e João Lopes Pereira na bateria.
A 11 de novembro, o contrabaixista André Carvalho (na foto) foca-se no álbum “Lost in Translation”, tomo de estreia de um trio que se completa com o saxofonista alto José Soares e o guitarrista André Matos. O álbum explora a relação entre palavras únicas e a música que delas emana e aglutina influências musicais que vão do jazz à livre improvisação, de abordagens mais experimentais à música erudita contemporânea.
Esta edição do festival encerra com a cantora portuguesa – radicada na Holanda –, Maria Mendes, que se apresenta em exclusivo no festival, para mostrar o álbum “Close to Me”, de 2019 (embora acabe de lançar “Saudade, Colour of Love”), gravado com o produtor e pianista norte-americano John Beasley. Venceu um prémio Edison e foi nomeado para os Grammy e Latin Grammy. Na ocasião, Maria Mendes será acompanhada em palco por Carlos Azevedo (piano), Jasper Somsen (contrabaixo) e Mário Costa (bateria). Ao escutá-la no Festival de Jazz de Montreux, Quincy Jones exclamou: «Vejo um futuro brilhante e promissor para esta jovem cantora.»
Desde 2015, a direção artística do Festival de Jazz da Marinha Grande está a cargo do músico e maestro César Cardoso, que realça «o papel fundamental que a programação deste tipo de evento desempenha na aproximação do público à música jazz de qualidade.»
Os bilhetes custam cinco euros, exceto o do concerto de Maria Mendes, que custa 10 euros. Podem ser adquiridos em em bol.pt ou no Teatro Stephens (Praça Guilherme Stephens).