ECM
Revisão da história
ECM
O primeiro mês de 2015 surge com sete novas edições da editora de Manfred Eicher, cada uma à sua maneira procurando celebrar e rejuvenescer a tradição. Melhor dizendo: as várias tradições que nos chegam até aos dias de hoje. Cá estão elas…
A editora alemã que se propôs reproduzir a música das esferas celestes tem uma nova e notável fornada de discos neste ano que agora se iniciou. Dois deles são celebrações do passado com foco no presente e os restantes representam cinco perspectivas bem diferenciadas de como se entende o jazz – e a escrita, a improvisação, a música em geral – nos dias de hoje. A ECM de Manfred Eicher (foto acima) continua a ser um dos mais importantes catálogos a ouvir para quem quer conhecer as tendências que este idioma musical vai tendo. Um feito extraordinário, dada a longevidade do empreendimento (nasceu em 1969) e os mais de 1200 discos publicados…
50 anos depois
O mais importante título deste lote é, sem dúvida, “Made in Chicago”, por tudo aquilo que representa. Na altura em que se começa a comemorar os 50 anos de existência da Association for the Advancement of Creative Musicians (AA CM), é imenso o relevo desta iniciativa de Jack DeJohnette com três das maiores figuras do jazz livre de Chicago, Muhal Richard Abrams, Roscoe Mitchell e Henry Threadgill, a que se acrescenta o mais jovem Larry Gray. O disco é o registo ao vivo da actuação do supergrupo na edição de 2013 do Chicago Jazz Festival, e se esse concerto já teve então um peso especialmente simbólico, mais importância ainda tem a sua conversão para CD neste início do ano.
DeJohnette é mais conhecido pelo trabalho que realizou após a sua mudança para Nova Iorque, seja com Charles Lloyd, Miles Davis e Keith Jarrett ou liderando e co-liderando projectos como Special Edition, Gateway e os que partilha com Foday Musa Suso e a dupla Rudresh Mahanthappa / David Fiuczynski. O certo, porém, é que também ele esteve na origem do fenómeno AACM. O baterista foi colega de Mitchell e Threadgill no Wilson Junior College, o que se traduzia em frequentes “jam sessions”, e foi o primeiro dos três a integrar a Muhal Richard Abrams’ Exper imental Band. Pouco depois (1965), Abrams seria um dos fundadores da associação hoje dirigida pela filha de Roscoe Mitchell, Nicole Mitchell, e DeJohnette estava lá, entre os aderentes originais.
Aliás, nas notas que escreve para o álbum, Jack DeJohnette presta tributo ao pianista, apontando-o como o grande responsável pelo propósito tornado colectivo, na Chicago daquele tempo, de «explorar diferentes maneiras de compor e improvisar». Um colectivo que, note-se, se sustentava em princípios individualistas, tal como confirmado pelo próprio Muhal Richard Abrams: «Era muito intenso estar entre pessoas que queriam aprofundar o seu individualismo… Foi algo de especial e único, pois todos estavam ali pelos motivos certos e os seus esforços pareciam sincronizados.»
A inclusão no quinteto do contrabaixista e violoncelista Larry Gray é bastante significativa: ele é um herdeiro do espírito inovador então procurado. Gray tocou com Roscoe Mitchell no início do seu percurso e mais tarde, na década de 1990, teve oportunidade de trabalhar com Jack DeJohnette na companhia de Von Freeman e Ira Sullivan. Deles recebeu a tocha AACM que empunha agora. É o único que não tem peças próprias no alinhamento do disco, mas compreende-se, pois estão aqui reunidos alguns dos melhores compositores de sempre da história do jazz.
A música de “Made in Chicago” é aquilo que se esperaria de uma celebração da AACM. É tão áspera, orgânica e despojada quanto o que foi surgindo gravado naquela época em que se estava a inventar algo de novo. Mas não se trata de um “remake” de formas já tratadas. DeJohnette, Abrams e os saxofonistas e flautistas Mitchell e Threadgill foram evoluindo ao longo das décadas e o que eles são hoje reflecte-se na música produzida. Estão patentes, por exemplo, o interesse de Roscoe Mitchell pela música contemporânea de câmara e o de Henry Threadgill pelas estruturas complexas. Algo que evocasse a AACM e não perseguisse os ideais de constante renovação desta prestaria um mau serviço à própria AACM. Estes septuagenários vivem no presente. Fica, aliás, provado que eles continuam a ter argumentos que os colocam na linha da frente da actualidade musical. Só isso bastaria para aplaudir esta edição.
JCO revivida
O título “The Jazz Composer’s Orchestra Update” é, logo à partida, indicação suficiente dos propósitos celebratórios que motivaram o lançamento deste disco de Michael Mantler com a Nouvelle Cuisine Big Band, o Radio String Quartet Vienna e o guitarrista Bjarne Roupé. De facto, não se trata de mais um opus da Jazz Composer’s Orchestra nem tal seria possível. Ter novamente reunidos Carla Bley, Cecil Taylor, Don Cherry, Leroy Jenkins, Jack Bruce (os três últimos já falecidos, de resto), Pharoah Sanders, Roswell Rudd, Gato Barbieri e Larry Coryell ou John McLaughlin seria impensável.
O que Mantler faz é outra coisa: adapta as composições que escreveu para a JCO na década de 1960 para este dealbar do século XXI e assim procura dar uma nova vida ao modelo. O que resulta ouve-se com muito agrado, mas é óbvio que não tem o brilhantismo fundador (e fundador porque nada tinha sido feito assim antes) da música que se deu a ouvir em “The Jazz Composer’s Orchestra” ou “Communication”.
Se o nome de Michael Mantler acabou por ficar na sombra do da sua antiga colaboradora e ex-mulher Carla Bley, cujo percurso como directora e compositora de orquestra fala por si mesmo, é justo que o emblema da JCO seja utilizado pelo trompetista nascido na Áustria. Afinal, traços daquela lendária formação sobreviveram nas partituras do músico e foi ele, para todos os efeitos, o seu principal mentor. Ainda assim, importa realçar que o modo como Mantler imagina hoje a “marca” JCO é substancialmente diferente: as originais derivas free não aparecem neste disco, mesmo quando os solos do sax tenor de Harry Sokal tentam (má opção) aludir à sonoridade única de Barbieri, e no seu lugar faz-se notar uma maior influência dos códigos da música erudita.
A referência rock, essa, mantém-se, seja através das intervenções da guitarra de Roupé, reminiscentes das de Coryell e McLaughlin, como na secção “Update Five”, que poderíamos caracterizar como um cruzamento dos Deep Purple suportados por uma orquestra sinfónica com o Gil Evans do período eléctrico. Nada de estranho nisso: Mantler foi o produtor do álbum da JCO (e de Bley) que mais se aproximou do rock, “Escalator Over the Hill”, e anos mais tarde teve uma parceria com Nick Mason, dos Pink Floyd.
Além de Roupé, Sokal e do próprio Michael Mantler num único, mas majestoso, solo de trompete, quem tem espaço para se fazer ouvir nesta reavaliação do património da Jazz Composer’s Orchestra são também o saxofonista alto Wolfgang Puschnig e o pianista David Helbock. Fazem-no com toda a competência e sem pretensões de ombrear os lendários músicos que os precederam – algo que, de qualquer maneira, não seriam capazes de fazer. Chegados ao fim da audição apenas podemos concluir que ainda bem que este disco foi feito: há coisas que é preciso dar a conhecer àqueles que não tiveram o privilégio de as ouvir na altura em que aconteceram, porque foi isso que nos trouxe até onde estamos.
Break-beats e break dancing
Se há factor que caracteriza a postura musical de Vijay Iyer é a recapitulação da história e sua projecção com uma perspectiva evolucionista. O novo “Break Stuff” do trio do pianista com Stephan Crump e Marcus Gilmore pega em três temas de autores históricos, designadamente Thelonious Monk (“Work”), John Coltrane (“Countdown”) e Billy Strayhorn (“Blood Count”), e deles constrói versões que só poderiam ter sido criadas por estes dias. Mas mais do que isso, enraíza a sua visão frequentemente inovadora nos exemplos deixados por figuras como Ahmad Jamal, Andrew Hill, Duke Ellington, Charlie Parker, Miles Davis e, até, de fora do âmbito do jazz, casos de James Brown, Jimi Hendrix e Robert Hood, DJ do techno minimal de Detroit.
É, aliás, a sua homenagem ao último em “Hood” que resulta numa das melhores faixas do CD. A estruturação numérica dos ritmos pode ser um exercício de pura matemática, mas impele-nos a fazer algo que o jazz perdeu desde que o seu centro de gravidade passou dos pés para a cabeça: dançar. A utilização do termo “break” no título não vem ao acaso. Para Iyer é o intervalo de tempo que nos conduz à acção, a base de «breakdowns, break-beats e break dancing». Consequência de antes ter havido uma música chamada jazz, o hip-hop com a sua estética do “break” está muito presente neste trio de piano, contrabaixo e bateria, mas regra geral de forma sub-reptícia. Aquela que distinguia Monk: «Não toco as palavras, toco os sinais de pontuação.»
A suite “Break Stuff” foi concebida para uma apresentação no Museum of Modern Art de Nova Iorque. Os temas “Starlings”, “Geese” e “Wrens” derivam de uma colaboração com o escritor nigeriano Teju Cole, originalmente pensada para grande ensemble e “spoken word” a partir do romance “Open City”. Ou seja, Vijay Iyer é um artista na completa acepção do termo, um intelectual, mas o que lhe interessa está no domínio da realidade, ou não tivesse ele formação científica (em Física e ciências cognitivas). Aquelas três “canções de pássaros” são sobre o voo dos corpos, mas também sobre o fenómeno da emigração e da diferenciação étnica. Ainda mais directamente aludindo à sua condição de norte-americano de origem asiática, “Mystery Woman” baseia-se nos padrões rítmicos do Sul da Índia.
Nestes últimos anos, o trio de piano jazz tem sido palco de um especial refrescamento de ideias e processos. Iyer soube, no entanto, destacar-se entre os renovadores desse modelo e esta obra confirma, mais uma vez, isso mesmo.
Chris Potter with Strings
Chris Potter é outro caso de rejuvenescimento da tradição, pelo menos desde que em 2006 formou com Wayne Krantz (depois substituído por Adam Rogers), Craig Taborn e Nate Smith o quarteto Underground, conhecido pelo seu jazz intenso e propulsivo com elementos do funk, do hip-hop e de outros idiomas musicais. Se a Underground Orchestra é uma derivação do projecto, com o adicionamento de dois contrabaixos, um quarteto de cordas e o vibrafone (dobrado por marimba) de Steve Nelson, a abordagem é bastante diferente. O continuador das premissas de Lester Young e Sonny Rollins inspirou-se na fórmula Charlie Parker with Strings, nas secções de cordas das músicas árabe e indiana e no sinfonismo contemporâneo para criar “Imaginary Cities”.
O que ouvimos corresponde ainda ao seu objectivo de fazer uma música que «paire no ar, à nossa volta, mas se mantenha tão livre quanto a concepção mais livre do jazz», e também ele deseja que os ouvintes dancem, mas o certo é que este desenlace não está ao mesmo nível de outras suas recentes incursões. Do antigo pupilo de Red Rodney e contribuinte da Electric Bebop Band de Paul Motian esperava-se algo de quente e com um tempero ácido, não o caldo adocicado de algumas secções da suite que dá titulo ao álbum. Com uma notável excepção que confirma o exposto desejo de liberdade: “Pt. 3 Disintegration” é talvez a peça musical mais aberta e arriscada que Potter alguma vez escreveu.
O saxofonista parece ter pretendido forjar um jazz de câmara cujas minudências permanecessem acessíveis a um público maior do que aquele que procura este tipo de exercícios, e isso acaba por ser um óbice. Terminada a suite, as três faixas que concluem o CD já têm o Underground Quartet, e não a orquestra, como fulcro, e a música solta-se mais desse enquadramento. Em suma, estamos perante uma edição deveras interessante, mas longe de fantástica.
Para cá da Incredible String Band
Outro dos mais recentes editados da ECM, Robin Williamson, vem de fora do âmbito do jazz, Mais exactamente: é um sobrevivente da folk psicadélica dos anos 1960, que protagonizou como um dos fundadores da lendária Incredible String Band. Tal como em “Skirting the River Road”, faz-se acompanhar em “Trusting in the Rising Light” pelo violetista Mat Maneri, com a terceira posição do trio ocupada por alguém que vem dividindo a sua actividade entre o jazz e o rock, membro por exemplo dos Ceramic Dog de Marc Ribot e das bandas Mr. Bungle, Secret Chiefs 3 e Xiu Xiu, Ches Smith.
Ou seja, mais uma vez a etiqueta de Eicher procura fazer um “updating” à história, pelo caminho incentivando a mesclagem de géneros e linguagens. O músico escocês foi acrescentado à lista de artistas da ECM em 2000, mas este novo registo dista do anterior, “Iron Stone”, uns largos nove anos. Trata-se novamente de um disco de canções, com Williamson na voz e a tocar vários instrumentos de cordas. Desta feita os textos são, porém, de sua própria autoria e não recolhas de poetas como Dylan Thomas, Walt Whitman, William Blake ou Ralph Waldo Emerson. O que se ouve continua a ser folk e talvez seja jazz, mas o que mais importa é que está aqui excelente música, com Maneri e Smith a brilharem muito particularmente.
Há de tudo nestes temas: tradição céltica, elementos do “drone” muito próprio da música indiana, reminiscências do swing e dos blues, algum “drive” do rock e os microtonalismos que de imediato denunciam a presença de Maneri. E mais: um dos melhores momentos é “Night Comes Quick in L.A.”, parecendo o duo de um poeta Beat com uma bateria free, misturando dois tempos (o dos bopeiros beatnicks e o da “new thing”) num terceiro tempo, o de hoje. É por estas e por outras que a ECM continua a ser uma das mais importantes editoras do mundo…
Cuba de outra maneira
O David Virelles de “Mboko” não é outro senão o que tocou piano preparado e celeste em “The Sirens”, de Chris Potter, surpreendendo quantos achavam que o músico enveredaria pelo muito batido latin jazz apenas porque é cubano. Pois se este álbum em nome próprio explora aspectos da sua cultura de origem, e designadamente da tradição religiosa e mágica do Abakuá, fá-lo bem longe dos clichés habituais. Com o subtítulo “Sacred Music for Piano, Two Basses, Drum Set and Biankoméko Abakuá”, o que vem neste disco reproduz os padrões rítmicos dos rituais daquela seita de origem africana e inclui os instrumentos percussivos que formam essa espécie de bateria que é o biankoméko, a saber, o obiapá, o kuchiyeremá, o biankomé, o bonkoechemillá, o ékon e o erikundi, todos na mão de Román Díaz.
Se bem que a música proposta seja estruturada sobre a pulsação, as polirritmias utilizadas diluem qualquer possibilidade de existência de um “groove” fixo e podem até chegar à abstracção, como em “Aberiñan y Aberisún”. Não se trata, igualmente, de uma batucada com piano por cima: Virelles equilibra a densidade garantida pelos dois contrabaixos (Thomas Morgan, Robert Hurst) com espaços de silêncio e o certo é que o trabalho combinado das baquetas, entre Díaz e o baterista Marcus Gilmore, atinge subtilezas inauditas num contexto destes. Cor e textura tornam-se mais importantes do que o “beat”.
A escrita de Virelles tem um evidente gosto pela complexidade estrutural, o que lhe virá provavelmente dos seus estudos com Andrew Hill e Henry Threadgill. Tal como eles, projecta situações angulares e nada ortodoxas, propiciadoras de grandes momentos de improvisação, e isso sem nunca desvirtuar a matriz cultural em que este projecto se sustenta. O carácter misterioso desta obra beneficia mesmo da inventividade do pianista – Mboko quer dizer “A Voz”, e designadamente a voz dos espíritos, o som que os espíritos produzem. Ora, este disco é uma reverência às propriedades místicas do Som e, portanto, algo de especial.
Futurismo milesiano
O catálogo da ECM não tem muitas edições como “Outland”, dos noruegueses Per Jorgensen, Jon Balke e Audun Kleive. Se bem que todos eles já tenham gravado para o selo em outros contextos (com, por exemplo, Arild Andersen, Michael Mantler ou Terje Rypdal), o experimentalismo extremo dos Jokleba terá mais a ver com uma Rune Grammofon. E no entanto, numa altura em que a editora lança uma série de títulos que convidam à revisão da história, o futurismo electroacústico desta formação do Norte funciona como um farol. Com uma certa dose de provocação, inclusive, dado que o mote do disco é a formação e a desintegração da identidade, tal como entendidas pelos escritores a que os títulos das composições fazem referência, entre eles Sylvia Plath, Guy de Maupassant e Ken Kesey.
O pilar de tudo o que acontece está na electrónica, derivada esta do techno mais cerebral e da exploração do “glitch”. Os ritmos são tão quebrados e não-lineares quanto obsessivos e mecânicos, mas o trompete é milesiano, determinando um alinhamento patrimonial, e os vocais são os remotos do canto joik da Escandinávia. É como se coubesse a Jorgensen a função de contradizer os sons de um mundo cibernético com uma ancoragem num jazz e numa folk explícitos, apenas com o reforço ocasional do piano de Balke e da bateria de Kleive.
“Outland” não é uma carta fora do baralho, mas como que a estação terminal de uma viagem para a qual a ECM nos convidou para assinalar a passagem de 2014 para 2015…
-
Made in Chicago (ECM)
Jack DeJohnette
Jack DeJohnette (bateria); Henry Threadgill (saxofone alto, flauta baixo); Roscoe Mitchell (saxofones sopranino, soprano e alto, flauta barroca, flauta de bisel baixo); Muhal Richard Abrams (piano); Larry Gray (contrabaixo, violoncelo)
-
The Jazz Composer’s Orchestra Update (ECM)
Michael Mantler
Michael Mantler (trompete, composição); Bjarne Roupé (guitarra eléctrica); Nouvelle Cuisine Big Band: Christoph Cech (condução); Manfred Balasch (saxofone soprano, flauta); Clemens Salesny (saxofone soprano, clarinete); Wolfganf Puschnig (saxofone alto, flauta); Fabian Ricker (saxofone alto, clarinete, clarinete baixo); Harry Sokal (saxofones tenor e soprano); Chris Kronreif (saxofone tenor, flauta); Florian Fennes (saxofone barítono); Aneel Soomary, Martin Ihrwalder (trompetes); Christoph Walder, Hans Peter Manser (trompas); Peter Nickel (trombone); Florian Heigl (trombone baixo); Alex Rindberger (tuba); David Helbock (piano); Peter Herbert, Tibor Kovesdi, Manuel Mayr (contrabaixos); Lukas Knoflrer (bateria); Radio String Quartet Vienna: Bernie Mallinger, Igmar Jenner (violinos); Cynthia Liao (viola); Asja Valcic (violoncelo)
-
Break Stuff (ECM)
Vijay Iyer Trio
Vijay Iyer (piano); Stephan Crump (contrabaixo); Marcus Gilmore (bateria)
-
Imaginary Cities (ECM)
Chris Potter Underground Orchestra
Chris Potter (saxofones tenor e soprano, clarinete baixo); Mark Feldman, Joyce Hammann (violinos); Lois Martin (viola); David Eggar (violoncelo); Adam Rogers (guitarras); Craig Taborn (piano); Fima Ephron (baixo eléctrico); Scott Colley (contrabaixo); Nata Smith (bateria); Steve Nelson (vibrafone, marimba)
-
Trusting in the Rising Light (ECM)
Robin Williamson
Robin Williamson (voz, harpa céltica, guitarra, rabeca hardanger, apitos); Mat Maneri (viola); Ches Smith (vibrafone, bateria, gongos, percussão)
-
Mboko (ECM)
David Virelles
David Virelles (piano); Román Díaz (biankomeko, voz); Thomas Morgan, Robert Hurst (contrabaixos); Marcus Gilmore (bateria)
-
Outland (ECM)
Jokleba
Per Jorgensen (trompete, flauta, kalimba, voz); Jon Balke (electrónica, piano); Audun Kleive (electrónica, bateria, percussão)