Jazz em Agosto
O outro lado do Cool
Em altíssimo contraste com os Cool Jazz que por aí se organizam, o festival da Gulbenkian deu música a ouvir, sem marcas por detrás. Umas propostas foram melhores do que outras, como sempre acontece, e a guitarra esteve em primeiro plano. Saibam como foi…
Vivemos num mundo estranho. Um mundo em que a Gulbenkian - que apresenta anualmente um festival de enorme qualidade – se vê na obrigação de o justificar: «O outro lado do jazz», avisa logo depois do nome, como se na sua multifacetagem este lado não fosse uma das mais brilhantes e vivas perspectivas sobre a “grande música negra”. Já os EDP Cool Jazz que há por aí não sentem essa obrigação: quantos se levantaram a meio do concerto dos Ciganos D’Ouro a reclamar «isto não é jazz»? Ouvir uma hora seguida de Djavan é uma prova Ironman para quem gosta de música.
Na Avenida de Berna ainda há gente (notoriamente cada vez menos) que se levanta a meio de um espectáculo e sai em choque porque a música que ouve não encaixa nos padrões mentais que tinha para a palavra “jazz” (cada vez mais esgarçada). Mas deverá a Gulbenkian ser deferente com o desconforto de quem achou que iria ouvir uma coisa do tipo Earth, Wind & Fire?
Será que é legítimo ir aos Cools e aos Outs e a tantos outros e levantar-me a meio, revoltado porque afinal Suzanne Vega não é jazz? Quem é que deveria avisar os espectadores, a Gulbenkian que nos dá o melhor do jazz internacional ou os MEOs e EDPs e outros em que a música é a desculpa para promover uma marca?
O Jazz em Agosto é um caso estimável, pois trata-se do único festival que nos vai dando o melhor em programações sempre desafiantes e não tem o objectivo de vender, apenas o de dar a ouvir boa música. Para quem acompanha este evento desde as suas primeiras edições é muito gratificante ver que o anfiteatro ao ar livre está regularmente cheio, quase sempre completo, e tanto nos concertos de nomes mais conhecidos como nas apostas mais disruptivas. Haja esperança.
Fuck summer, baby, we got the blues
Num Verão atípico, entre calor e chuva, começou um Jazz em Agosto também atípico, com um “hootenanny”. Sem jazz (e neste caso ainda bem), a Memphis Blood Blues Band subiu ao palco e instalou um funk oleoso para, como mandam as regras, chamar a sua atracção principal: James “Blood” Ulmer, a aposta da programação para uma noite inaugural simpática. Os blues têm sido o território que “Blood” escolheu nos últimos anos e onde se sente bem. Por isso, se queremos ouvir este músico histórico, que conseguiu criar uma linguagem única para a guitarra eléctrica e uma forma de o instrumento fazer sentido no free jazz, tem de ser assim: com blues.
Apesar de o concerto ter causado algum comicho em muitos dos ouvintes mais inflexíveis, não me incomodou nada ouvir blues num festival de jazz; não porque este seja um pré-jazz (a instrumentação branca e a festividade negra que confluíram em New Orleans geraram esta música original que não descende directamente dos blues), mas porque “Blood” ouve-se muito bem assim.
“Blood” Ulmer é um planeta com vida própria e no concerto isso ficou claro. A banda orbita em seu redor, tentando adaptar-se à sua vida, o que nem sempre conseguiu: os Memphis Blood já não tocavam juntos desde 2008 (e notou-se a falta de coesão nalguns momentos) e a tal acresceu-se o facto de ela própria ter dois planetas dentro: o baterista e o baixo tocam regularmente com Ulmer, mas não o harmonicista e o teclista. Leon Gruenbaum apresentou alguns tiques de casino (foi caricato o momento em que optou pela melódica, preterindo um piano Steinway, um Fender Rhodes original e um Hammond B3 amplificado por um Leslie). Conseguiu mesmo assim criar alguns momentos fora do expectável.
Vernon Reid, na segunda guitarra, esteve discreto, tentando estabelecer uma base “correcta”... o que era dispensável. David Barnes, na harmónica, fazia a diferença, com uma forma de tocar simples, mas muito original.
O som do líder nem sempre foi o melhor, começando demasiado baixo nos dois primeiros temas e estando quase sempre demasiado submerso no som do grupo. Este tocou um “fine assortment” de clássicos, Brownie McGhee, Howlin’ Wolf, Willie Dixon e T-Bone Walker, entre outros, com “feeling” e força e com a voz de Ulmer, que transforma qualquer tema numa coisa especial. A guitarra flutuou neste mundo como se lhe pertencesse e ao mesmo tempo fosse completamente rebelde. Foi uma boa abertura, com o auditório completamente cheio e um público feliz. Ouvir bons blues nunca fez mal a ninguém. (G.F.)
Outro planeta
O segundo dia mudou completamente a agulha. Um duo entre o saxofone europeu de Evan Parker e o piano americano de Matthew Shipp. O concerto foi seco e intenso, sofrendo as vicissitudes de uma noite em que parecia que todos os aviões do mundo passavam por ali. O anfiteatro é um local magnífico e serve perfeitamente para um concerto deste tipo num dia normal de Verão. Mas algum chuvisco, vento e um trânsito aéreo anormal condicionaram a audição.
A música do duo é muito exigente, pois obriga a uma audição pormenorizada (o que é que está a acontecer em cada momento na relação entre ambos, o que é que é dito e qual é a resposta, que ideias são aproveitadas e desenvolvidas e como) e a borrasca, o ataque aéreo e os assentos duros (ligeiramente aliviados pela tímida almofadagem) não ajudavam.
Shipp é um músico brilhante, tendo conseguido pegar na música de Cecil Taylor e abrir-lhe horizontes novos. Parker fez o mesmo nos anos 1960, descobrindo caminhos novos para o saxofone e revolucionando o papel deste na música. A actuação de ambos nunca poderia ser má, pois a música de cada um é suficientemente forte para garantir níveis de qualidade superiores, mesmo levando com aviões por cima. Mas também não foi excepcional – os dois músicos não conseguiram criar uma forma de construir a música em conjunto. Foi um bom concerto que, para quem esteve no dia anterior, deverá ter sido como viajar para outro planeta. (G.F.)
Ouvido de jukebox
O terceiro dia trouxe Marc Ribot e com ele muita gente que o reconhece das suas ligações ao rock e à pop. A assistência voltou a estar como no dia inaugural – esgotada – para ouvir os seus Ceramic Dog. A sensação que vamos tendo ao acompanhar a carreira de Ribot é um pouco a mesma que temos ao olhar para Adrian Belew: é um óptimo “sideman”, mas tem projectos individuais que sabem a pouco e a “déjà-ecouté” (especialmente tendo em conta a excelência dos músicos que o requisitam). No jardim da Gulbenkian ouviram-se grandes doses de rock suave, tocado com energia e atitude, mas com solos previsíveis (Ribot) e até maus (Ches Smith). A música fluiu sem carga, com bons temas e boas ideias, mas também um prolongamento excessivo e um repetitivo repisar das soluções, conduzindo ao bocejo.
Ouviram-se versões de clássicos interessantes, com destaque para “Take Five”, de Paul Desmond, e “A Love Supreme”, de John Coltrane. Ribot é um músico interessante e tem um som de guitarra lindíssimo (entre a “surf guitar” e o som sujo dos blues), uma técnica invejável e um ouvido de “jukebox” que o faz ser capaz de tocar tudo. Mas a sua música ao vivo só no final teve a força e a coesão que dão encanto ao mais recente disco dos Ceramic Dog. Se o concerto inaugural começou com o protocolo dos blues, este acabou com o do rock, num crescendo de energia, com a maior parte do público francamente entusiasmado e com o grupo a tocar em tudo o que tinha.
Foi um início de festival estranho, com três polos completamente distintos, de costas uns para os outros, mas sempre com qualidade e interesse musical. (G.F.)
Um pouco de Schoenberg
Mas ainda estava para surgir uma outra coordenada, e essa foi introduzida pelo Real Thing #3 de Marc Ducret. Com uma instrumentação bizarra (guitarra eléctrica, três trombones, piano com electrónica e percussão de orquestra), o guitarrista francês que tem estado envolvido em vários projectos do norte-americano Tim Berne apresentou uma música que muito deve à composição erudita contemporânea. Na escrita de Ducret (transposta, segundo o próprio, da literária de Vladimir Nabokov) sentiram-se influências directas dos universos de Stravinsky, Messiaen e Schoenberg. A tal se contrapunham não propriamente os factores jazzísticos, porque o jazz ouvido era braxtoniano, ele próprio de contaminação contemporânea, mas as interferências do rock, presente este tanto no trabalho guitarrístico como nos “riffings” compostos. E isso apesar de esse rock lembrar Frank Zappa e os Henry Cow, também eles referenciados nas músicas sinfónicas e de câmara do século XX.
Detalhística, complexa (apesar da aparente simplicidade de algumas situações), demorada na exploração dos motivos, a música proposta por Ducret entediou alguns dos presentes (com, lá está, pessoas a saírem), aqueles mais afoitos ao “swing” e ao “groove”, mas foi de uma beleza e de uma qualidade reflexiva que conquistou a maior parte dos ouvintes e este crítico.
Não houve grande espaço para a improvisação, salvo os ocasionais solos da guitarra e dos trombones, mas este, para mim, foi um dos melhores concertos do Jazz em Agosto do corrente ano. (R.E.P.)
Emoções fortes
Na apresentação do novo álbum do Luís Lopes Lisbon-Berlin Trio, “The Line”, a prestação do guitarrista português com Robert Landfermann e Christian Lillinger acabou por diferir do que está no disco. É assim a improvisação, mesmo quando existem estruturas condutoras. Lopes procurou juntar as duas vertentes que têm norteado a sua acção musical, a noise e a jazzística, num mesmo projecto. Se no registo agora lançado os resultados são bastante gratificantes, ao vivo houve um problema de medida e de arrumação: estar quase meia hora de costas para o público com a guitarra encostada ao amplificador, gerindo “feedbacks”, foi algo excessivo. O que começou por ser deveras interessante e desafiador, tornou-se redundante e cansativo.
Foi um bom concerto, mas poderia ter sido bem mais do que isso. Se o músico português que lidera igualmente o Humanization Quartet “fechou” demasiado a sua actuação numa fórmula, quando poderia ter explorado as demais que lhe conhecemos, Lillinger procurou abrir o espectro de abordagens: o que fez na bateria foi, por vezes, assombroso, não só tecnicamente como incorporando imprevisibilidade e surpresa, num contínuo jorro de elementos. Já Landfermann, no contrabaixo, deixou-se aprisionar pelas opções do lisboeta, dando-lhe suporte e por isso quase desaparecendo na equação. Quem já o conhecia dos palcos nacionais (com os Grunen, por exemplo) esperava mais dele.
Seja como for, Luís Lopes honrou a participação portuguesa no festival, mostrando estar ao mesmo nível do que vai sendo feito em outros países. Aposta ganha, apesar do que ficou dito… (R.E.P.)
Receita de sucesso
Os Big Rain the Franz Hautzinger subjugaram o público, e nem sempre pelas melhores razões. Claro que foi incrível ouvir Jamaaladeen Tacuma e Hamid Drake interagirem na construção de bases rítmicas envolventes e impulsionadoras, e sem dúvida que Keiji Haino é um guitarrista espantoso, mas no meio de toda a espectacularidade do concerto na Gulbenkian ficaram bem evidentes algumas falhas.
A primeira está no próprio mentor do quarteto. Hautzinger mais uma vez não (me) convenceu como trompetista. O que tocou era um pastiche de Jon Hassell e do Miles Davis eléctrico, sempre com um fraseado desinteressante e monocórdico em que ia integrando elementos trazidos do reducionismo, não raro em contradição com o que mais acontecia. A segunda falha esteve em Haino: o papel que lhe foi dado era o do “noiser” de serviço, e isso só fez com que sobressaísse o seu egocentrismo. Muito depressa fez com que tudo convergisse para ele, e não por motivos musicais propriamente ditos: as suas vocalizações e a manipulação de objectos metálicos munidos de microfones de contacto espessaram o som do grupo, mas também tiveram muito de gratuito.
A música era um misto de muitas coisas: jazz, funk, rock, world music embrulharam-se mais do que se fundiram, com alternância de momentos muito bem conseguidos com outros altamente duvidosos. O certo é que, com uma improvável associação de nomes, Hautzinger cozinhou uma receita de sucesso. Esta, em grande parte, é um embuste, mas manda a justiça dizer que, quando a coisa funcionou, funcionou magnificamente. (R.E.P.)
A improvisação não mente
Um dos encantos da improvisação é percebermos que não mente. Mesmo num contexto muito abstracto, podemos perguntar a várias pessoas o que pensam sobre o que ouviram e perceber que escutámos todos o mesmo. Algumas gostarão, outras menos e as interpretações serão diferentes (o mesmo se passaria com Wagner ou com os Beatles), mas o que ouvimos foi o mesmo. Foi isto que se tornou mais gratificante nos três dias de concertos com Fred Frith.
Já tinha sido claro no passado (e é evidente para quem tem acompanhado a carreira do músico desde “Guitar Solos”) que Frith é um improvisador excelente e um peça fundamental do jazz guitarrístico das últimas décadas. Mas estes três dias, com bandas diferentes, afirmaram-no e clarificaram-no, com o público a encher o anfiteatro e a aplaudir de pé. Foram três grandes concertos e todos diferentes.
No primeiro, ouvimo-lo em trio com Joëlle Léandre em contrabaixo e Hamid Drake na bateria. Um formato que, não sendo muito frequente, também não é raro e conseguimos encontrar exemplos desta formação do jazz clássico (Charlie Byrd, Jim Hall, Joe Pass, Freddie Green, Attila Zoller, Barney Kessel) até ao mais contemporâneo (John Abercrombie, Pat Metheny, Bill Frisell). Mesmo no contexto da improvisação total temos vários exemplos, desde logo com Derek Bailey (Barry Guy / PaulRutherford ou Tony Oxley / Gavyn Bryars).
Léandre começou o concerto com intensidade e o grupo demorou alguns minutos até resolver aquele início, mas depois os músicos encaixaram-se e o que passámos a ouvir foi música extremamente interessante, composta no momento, com todos em coesão. As ideias iam sendo disparadas por cada um, sempre que sentiam que era preciso introduzir uma nova carga, e os restantes rapidamente encontravam uma forma de contribuir para aquela situação. As ideias pareciam magnéticas e o concerto acabou como o mais estimulante de todos os que tinha ouvido até então.
No dia seguinte a fórmula mudou com o MMM Quartet, liderado pela francesa. Permaneciam o contrabaixo de Léandre e a guitarra de Frith, mas com o piano e os “samples” de Alvin Curran e os saxofones (tenor e soprano) de Urs Leimgruber. Alargava-se o espectro de sonoridades e a amplitude tímbrica, mas a performance teve a excelência da do dia anterior. Tivemos o privilégio de ouvir um grupo de excelência pouco documentado, com a distinção de contar com o envolvimento de um pioneiro dos Musica Elettronica Viva (Curran). Quatro solistas de excelência que soaram docemente e focados numa música conjunta, com a dimensão e o encaixe que tínhamos verificado na véspera. (G.F.)
Várias coisas a acontecerem
No terceiro dia frithiano subiram ao palco os Massacre, banda que suspendeu a actividade logo depois do primeiro disco, “Killing Time” (1981) - monumental, histórico - e que retomou a união 20 anos depois. Ouvir Bill Laswell e Charles Hayward (que substituiu o baterista original, Fred Maher) ao lado de Frith era suficiente para uma enorme vénia ao programador. O grupo foi precursor na integração do punk no jazz e na improvisação e a sua música ainda hoje é diferente.
Marcada pelos pólos guitarra e baixo, a música contou no Jazz em Agosto com uma máquina rítmica infernal para manter a coerência. O baixo de Laswell entra-nos pelo corpo dentro. Profundo, denso, cria um espaço sonoro próprio e impenetrável. Cada linha melódica é boa e parece destinada a ser um “hit-single”. Depois Laswell abandona-a e introduz outra como se fosse fácil. Subiu para o palco depois de Frith e Hayward, num destaque que não se veio a verificar, pois cada um ocupa um espaço na música que é definido e indispensável.
Frith usou distorção e foi mais simples. Nos dias anteriores tinha tocado mais detalhadamente, usando os efeitos e os objectos com que trafica a guitarra para criar uma gama de sons infinita. Com os Massacre foi mais incisivo. Hayward criou uma ilusão sonora, pois parecia utilizar sempre métricas básicas, rockeiras, mas de facto esteve sempre em movimento, com várias coisas a acontecerem por baixo do tum-ta do rock, contaminado com a liberdade rítmica do free jazz.
O trio trouxe Oz Fritz para o tratamento de som, o que foi importante. Nem sempre a Gulbenkian tem conseguido fazer o melhor som para o público, especialmente com estes grupos que assentam numa matriz rock, em que a potência dos decibéis é fundamental. Isso foi notório com os Elephant9, o ano passado. Neste espectáculo o som estava alto, forte, ultradefinido, provando que o sistema sonoro é capaz da maior nitidez mesmo em alto débito. Em suma, foi um concerto enorme! (G.F.)
Uma boa sensação
O 31º Jazz em Agosto terminou com uma presença 100% nacional, a do Lisbon Underground Music Ensemble de Marco Barroso. Nas vésperas da gravação de um novo disco, o compositor combinou novo material destinado a esta “big band” de 15 elementos com temas do seu primeiro título. Foi visível pelas reacções finais que muitos dos presentes não conheciam ainda o projecto: o anfiteatro em peso levantou-se para aplaudir e homenagear os músicos, com um entusiasmo que não teve paralelo em nenhum dos concertos anteriores.
As peças de Barroso para o LUME são saltitantes, divertidas, enérgicas. E se são também muito difíceis de executar, dadas as súbitas mudanças de direcção, os contrapontos, a exigente metronomia e a rapidez de sucessão das figuras, o que o ouvinte recebe é agradável, revigorante e nada presunçoso. É um jazz bigbandístico com o rigor da música clássica (daí vem o compositor e pianista) e a força do rock e do funk (com o baixo e a bateria de, respectivamente, Miguel Amado e André Sousa Machado bem altos na mistura), tão movimentado quanto um desenho animado.
Se este investimento é claramente colectivista, com cada um a contribuir para o todo, houve lugar para alguns excelentes solos, designadamente os de Eduardo Lála (trombone), Gonçalo Marques (trompete electrificado), José Menezes (saxofone tenor) e Paulo Gaspar (clarinete). Pena é que pouco se ouvisse do piano do líder, fosse por este não ter querido estar em maior evidência ou porque o instrumento não estava suficientemente amplificado para furar tão compacta massa de sopros (seis metais, seis palhetas).
Dez dias depois de ter começado o festival, saímos do jardim da Gulbenkian com um sorriso nos lábios e a comprovação de que temos por cá músicos fantásticos. É uma boa sensação, sim senhor. (R.E.P.)